A fisionomia do Rio Grande do Sul constitui-se em um clássico da ensaística brasileira. Escrito entre o final dos anos 1930 e o início dos 1940 pelo pesquisador da área da história natural Pe. Balduíno Rambo, teve sua primeira edição em 1942; a segunda, bastante ampliada em relação à primeira, é de 1956, pela antiga Livraria Selbach, de Porto Alegre. Nesta obra o autor relata sobre aspectos geográficos, de hidrografia, de solo, de flora e de fauna do Rio Grande do Sul. Para tanto, esse jesuíta explorou o estado gaúcho, seja em seu jipe, seja a cavalo, ou mesmo sobrevoando regiões num pequeno aviação monomotor de onde tirou várias fotografias aéreas que ilustram o livro. Não se trata de leitura destinada a especialistas, biólogos, cientistas da terra ou ecologistas: claro, objetivo, suave, o texto tem a capacidade de despertar uma prazerosa curiosidade em qualquer leitor. Cabe assinalar que, provavelmente, se trata da primeira obra nacional em que um autor registra preocupação com a preservação ambiental. Esta quarta edição, como a terceira, também da Editora Unisinos, 1994, foi elaborada a partir da segunda, fazendo-se apenas as necessárias atualizações ortográficas.
